(falta) InspiraçãoO longo intervalo entre uma postagem e outra tem dois significados.
Primeiro, estou numa grande correria aqui com trabalhos a serem entregues nos meses de dezembro e janeiro. Segundo, falta de inspiração. E é neste segundo motivo que me prendo agora.
Pegando carona num recente conselho de Pe. Irala, um amigo de Salvador, vou ao dicionário e verifico: “Inspirar: 1-introduzir ar nos pulmões; 2- exercer ou receber influência sobrenatural ou divina; 3-estimular, com sua beleza, seu amor, encanto, inteligência, virtudes etc., a capacidade criativa de alguém, dando-lhe ânimo e vontade de trabalhar, de criar; 4-exercer ou sofrer influência animadora, vivificadora; entusiasmar(-se), arrebatar(-se); 5- fornecer ou receber estímulo, idéia, sugestão; 6-influenciar ou ser influenciado; modelar(-se);7-infundir sentimentos ou pensamentos; sugerir, incutir, bafejar”
São tantos os significados; São tantas possibilidades,mas, às vezes, falta algo que indique como se inspirar. Uma ponte que ligue um estágio de “não-inspiração” a um estágio de “inspiração”. E, ressalto quando me refiro a palavra “inspiração”, a trato em todas as acepções que acima transcrevi.
Por vezes não se consegue respirar, pois o ar não percorre o caminho do corpo todo como deveria; Falta a (re)ligação com o divido, o Deus-comigo já não é tão presente quanto deveria ser; Não se vê beleza ao redor e nada comove para criar algo novo; É difícil se entusiasmar com alguma, pois tudo lhe é comum, e, por isso, se fecha as idéias e estímulo do outro (idéias simples, caminhos simples...realmente, a felicidade cada vez mais vista na simplicidade).
É verdade... estive sem inspiração esses dias...
Ao tempo que escrevo, penso no que me fez e me faz recuperar esta...como posso dizer... “inspiração”. Então, não vejo fórmulas mágicas. Mas, sim, vejo rostos de conhecidos, e de desconhecidos que se tornaram conhecidos; sobretudo, vejo um sorriso (aliás, “O” sorriso); Ouço sons de vozes perto e longe... de muitos sotaques e intensidade; Ouço melodias já criadas, e ainda por criar (um Novo Dia em forma de música, sempre); Leio para sedimentar posições (sim, é chegado o momento!!).
Em tempos de falta de inspirações, sou grato àqueles que me ajudaram a, aos poucos, iniciar a pintura de um quadro melhor: a Saudade de Azul; a Tristeza de Verde; e a Certeza de Branco.
Não me arrependo de nada! Porque é “caminhando que se caminha”, e é com os pés no chão e cabeça erguida que se “Inspira”.